O
método científico e os pêlos pubianos
O
método científico, entendido como a versao Newton-Popper
para
efeitos deste texto, grosso modo começa com uma observação
que não é
explicada pelo estado corrente da teoria. Como não tenho
teoria, a
minha observação é factual: existem louras
com pêlos púbicos
(doravante PP) louros e louras com PP morenos.
A
segunda fase do método é a procura de uma teoria.
Há muitas formas
de o fazer, algumas boas, algumas muito mas. Uma das piores, mas
aquela que é presentemente usada em muitos "estudos"
é obter muita
informação acessoria sobre cada uma das amostras
(i.e. as louras) e
procurar estabelecer padrões. A isto chama-se "data-mining"
em Inglês,
ou "charlatanismo" em linguagem técnica.
Uma
forma mais razoável de fazer teoria é procurar decompor
as
observações em processos subjacentes e utilizar
teorias já existentes
para os processos subjacentes. (Para gerir a complexidade da
decomposição é costume usar ferramentas formais
(e.g. matemática) de
apoio ao raciocínio.) No caso dos PP, repara-se que são
pêlos, não
cabelos, e portanto talvez a cor de outros pêlos, em particular
as
sobrancelhas, seja um guia adequado. A fundamentação
é uma questão de
dermatologia, mas para já ficamos por aqui.
Neste
momento temos aquilo a que se chama uma hipótese: a cor
dos PP
da loura é louro se as sobrancelhas forem louras e vice-versa.
Esta
hipótese é testável.
Uma
vez que não se está a tentar estabelecer causalidade,
apenas
capacidade discriminatória, tudo o que é necessário
é obter
contagens de quatro casos:
Caso 1) Sobrancelhas morenas, PP louros
Caso 2) Sobrancelhas morenas, PP morenos
Caso 3) Sobrancelhas louras, PP louros
Caso 4) Sobrancelhas louras, PP morenos
Reparem
que em geral teriamos que ter várias hipóteses e
teriamos que
conceber experiências controladas para as testar. Mas para
este
exemplo simples, tudo o que precisamos é de observar os
PP umas
centenas de louras com sobrancelhas morenas e os PPs de umas centenas
de louras com sobrancelhas louras (os sacrifícios que eu
faço pelas
ciências), e calcular a correlação entre cor
das sobrancelhas e cor
dos PPs.
Com
uma amostra muito pequena (não imaginam o esforco que é
necessário fazer antes e depois de examinar, para efeitos
científicos,
os PP de uma loura :-) a minha intuição, sem significado
estatística
é que a cor das sobrancelhas é um bom indicador
da cor dos púbis.
Ora
agora entra em jogo a noção Popperiana de ciência:
se a teoria é
boa, deve ser generalizável (para servir de apoio 'a decisão
na
construção de novas teorias). E a generalização
deve ser testável com
dados independentes daqueles usados na observação.
Portanto: as ruivas
com sobrancelhas ruivas devem ter PP ruivos. Isto é uma
previsão da
teoria generalizada sem referência 'a observação
inicial. Teria que
ser testada, mas vamos assumir que sim para continuidade do argumento.
Nesta
fase do método cientéfico estabeleceriamos uma nova
lei: a cor
das sobrancelhas e dos PPs é idêntica para la da
incerteza
estatística. E a partir desta lei poder-se-iam fazer novas
observações. E podiamos agora começar a teorizar
sobre a incidência da
classe "nenhuns PP" e as diferenças entre as
meninas dos EUA e as da
Matria neste respeito (*).
Cumprimentos,
Wundergeist
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(*) Neste caso teriamos que ter em linha de conta a evolução
temporal,
pois exame cuidado de documentários de meados dos anos
80 (com a Traci
Lords) e do fim dos anos 90 (com a Jenna Jameson) levam-me a crer
que
a alopecia púbica aumentou exponencialmente nos EUA nestas
duas
décadas. Pode ser que chegue 'a Matria um dia destes. Esperemos
que
sim!
Obs:
Este texto foi retirado de um grupo de dioscussão de Portugal,
por isso as diferenças na língua.
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