A nova ciência da Tipologia

A grafologia é utilizada por muitas empresas como ferramenta para auxiliar na seleção de candidatos a colocações profissionais. Através de sua caligrafia, pode-se descobrir sua personalidade, se você é viciado em drogas ou mesmo se você tem uma tendência a ser um viciado em drogas! Tal nobre combinação de arte e ciência entretanto vem sendo ofuscada pelo uso cada vez mais comum de processadores de texto em computadores.

  Isso não é problema para uma nova corrente de grafologistas, que estão desenvolvendo a Tipologia, uma adaptação da grafologia aos tempos digitais. Segundo os tipologistas, através das fontes que você usa para escrever seus textos no computador pode-se descobrir sua personalidade, se você é viciado em drogas ou mesmo se você tem uma tendência a ser um viciado em drogas!

  Por exemplo, se você se contenta em usar a fonte padrão Times New Roman, os tipologistas apontam que você deve ser uma pessoa prática, mas se você usa esta fonte em todas ocasiões, mesmo naquelas onde seria melhor usar outra fonte, então você pode ser um pouco desleixado. Os tipologistas também dão muita atenção ao uso do negrito, do sublinhado, do itálico e de diferentes tamanhos de letras, sem contar aos erros de português e a aplicação do corretor ortográfico automático. Todas essas variáveis analisadas em conjunto permitem um instrumento complementar valioso para a avaliação de candidatos.

  "À primeira vista pode-se pensar que os processadores de texto mascaram a personalidade de uma pessoa" - diz o professor Christopher Ananias da Conceição, pioneiro da tipologia, "mas nossos estudos tipológicos mostram que esta é uma impressão precipitada e obsoleta. Há tanto ou mais variáveis ligadas a um processador de textos quanto em uma caligrafia, e elas permitem perfeitamente a expressão involuntária das características pessoais dos candidatos".

  Um dos projetos atuais de Ananias da Conceição é o desenvolvimento de um plug-in oculto nos computadores que funcionaria analisando o funcionamento de programas no escritório como o Word, o Outlook e outros. Os dados coletados permitiriam análises tipológicas aprofundadas e em tempo real sobre a personalidade dos funcionários, complementando e otimizando suas avaliações. "Já estamos nas fases finais de desenvolvimento de um sistema que permitirá uma pré-avaliação tipológica automática. Mas a avaliação final é sempre humana, afinal nós precisamos ter tipólogos não é mesmo?" completa o professor Conceição.

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