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Sexo no espaço

   Que tal uma lua-de-mel no espaço?! Só tem um leve problema; a primeira noite de amor vai apresentar dificuldades de ordem técnica. Manter uma relação sexual em ausência de gravidade é algo que requer uma certa prática! A aproximação dos corpos é dificultada e o casal certamente vai precisar treinar muito.

   A questão é tão intrigante e curiosa que Laura S. Woodmansee resolveu escrever um livro sobre o assunto, intitulado 'Sexo no espaço'.

   A autora tenta responder questões como:

- alguém já transou no espaço?

- o que aconteceria com o primeiro bebê concebido no espaço?

- astronautas e cosmonautas praticam o 'acoplamento' espacial?!

   O assunto ainda é tabu nos EUA. Mesmo entre os pesquisadores na área existe um certo desconforto em abordar o tema. A autora conta que seu livro era vendido na loja do JPL, Laboratório de Jatopropulsão da Nasa, e que foi inicialmente convidada para uma sessão de autógrafos no local. O grupo de pesquisadores foi avisado por e-mail que iria ocorrer o evento. Mas logo em seguida um comunicado anunciou que a sessão seria cancelada por 'motivos éticos'. É claro que tudo não passou de um puritanismo exagerado. O JPL tentou ainda argumentar que a não realização do evento foi por razões de uso de espaço para eventos externos. Laura sugere que talvez seu livro deveria ter o título de "Possibilidades reprodutivas fora da Terra" para causar menos impacto em certas pessoas. Este não foi o único episódio deste tipo envolvendo o livro, mas na maioria dos casos o livro tem sido exposto nas lojas sem problemas.

    

Os problemas técnicos que um casal enfrentaria no espaço:

- em um ambiente com microgravidade, popularmente dito sem gravidade, inexiste a convecção natural de ar que facilita o resfriamento de um corpo. Uma relação sexual quente, geraria gotículas de suor voando por todo o recinto. Talvez esse problema possa ser solucionado com o uso do bom e velho ventilador.

- quem já passou pela experiência de ausência de gravidade relata que é difícil até beijar no espaço, pois os corpos precisam estar alinhados e que pra isso o casal deve estar bem agarrado.

- as variações na pressão sanguínea resultantes da microgravidade poderia atrapalhar a ereção.

- no espaço é comum ocorrer enjoos, e o todo romantismo iria por água abaixo
   

  O problema de manter os corpos juntos poderia ser resolvido com uma vestimenta revestida com velcros. O casal ficaria coladinho! (demonstrado na imagem acima)

  Os russos tratam do assunto com mais tranquilidade e naturalidade. O Institute of Biomedical Problems (IBMP), que está ativamente envolvido com questões de saúde dos cosmonautas, começou seu interesse na área sexual quando na década de 60 observaram os cachorros Veterok e Ugolyok. Veterok perdeu o pêlo, a vitalidade e logo morreu, já Ugolyok teve uma melhora em todas as suas atividades, particularmente na parte sexual, mantendo uma libido saudavel durante a sua longa vida.

   Apesar de realizar estudos sexuais com mamíferos, os cientistas russos acham que ainda não é necessária uma abordagem deste estilo com humanos. Já que em nenhum caso uma missão teve que ser abortada porque um cosmonauta sentiu falta de relações sexuais. Além disso, argumentam que o foco mental está direcionado para os objetivos da missão e que os desejos podem ser controlados. Quanto ao problema de movimento de cópula, o pesquisador russo Lyubov Serova acha que casais criativos não deverão ter problema, já que as revistas masculinas provam que é possível inventar as mais diversas posições para o ato.

   Por volta de 1995 circulou na internet uma mensagem de que a Nasa teria realizado experiências deste tipo no espaço, mas tudo não passou de um boato.

 
 

   Para saber mais:

A ciência explica o amor

 
 

 

 

 
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