A termodinâmica de um casamento

Em um artigo publicado em 31 de março deste ano, no PLOS One, o pesquisador José-Manuel Rey, analisa a dinâmica da possibilidade do divórcio por meio de uma analogia com a matemática presente na segunda lei da termodinâmica.

Dados do artigo
Os fundamentos:
Dissolução conjugal é comum nas sociedades ocidentais. Ela coloca grandes problemas científicos e sociológicos, tanto em termos teóricos quando em terapêuticos. Estudiosos e terapeutas concordam sobre a existência de uma espécie de segunda lei da termodinâmica para as relações sentimentais. O esforço é necessário para sustentá-los. O amor não é suficiente.

Metodologia e resultados:
Construindo uma versão simples da segunda lei usamos a teoria de controle ótimo como uma nova abordagem para modelar a dinâmica sentimental. Nossa análise é consistente com dados sociológicos. Mostramos que, quando ambos os parceiros têm atributos sentimentais similares, há uma política de esforço rendimento ótimos para uma união duradoura feliz. Esta política é presa à desestabilização estrutural resultante de uma combinação de dois fatores: há uma lacuna de esforço, porque a política ideal, implica em desconforto e há uma tendência de menor esforço para níveis não-sustentáveis, devido à instabilidade da dinâmica.

Conclusões:
Estes fatos matemáticos resultantes do modelo revelam um mecanismo subjacente que pode explicar a separação de casais em situações reais. Com este conjunto de paradoxos aparentes de que a união planejada com consistência para durar para sempre provavelmente se romperá, é explicada como uma consequência mecanística da segunda lei.

Veja um dos esquemas presente no artigo

E se alguém ficou curioso… parece que o autor do artigo é casado, pois ele dedicou o trabalho para Pepe Rey e Ana Simó.

E a grande frase parece ser: O amor não é suficiente. Esforço é necessário para manter uma relação.

E o amor é complicado como a termodinâmica!

Rey J-M (2010) A Mathematical Model of Sentimental Dynamics Accounting for Marital Dissolution. PLoS ONE 5(3): e9881. doi:10.1371/journal.pone.0009881

Veja também
A termodinâmica do amor

Via Discoblog

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  1. Mulher Digital maio 20, 2010